domingo, 12 de junho de 2011

That Night


That Night

      A noite já havia estendido seu longo manto negro sobre o céu, todos estavam em uma longa discussão sobre para onde iriam. Thomas estava ao lado de Elizabeth. Suas mãos estavam entrelaçadas, e seus corpos ligeiramente próximos. A respiração de Thomas falhou por um instante, ele virou-se para Elizabeth e olhou em seus olhos.
     - Feche os olhos – Disse ele suavemente.
     Elizabeth fechou os olhos, e Thomas aproximou-se permitindo que os lábios de ambos se tocassem. Ele afastou-se e ela o encarou, como se ainda não entendesse bem o que havia acontecido.
     - Eu queria saber se você realmente era doce... – Thomas permaneceu a olhando nos olhos.
     - Mas você descobriu se eu sou doce mesmo? – Perguntou ela.
     - Ainda não, eu preciso de mais pra saber – Thomas respondeu.
     Elizabeth tentou disfarçar a timidez olhando para os lados e consecutivamente colocando uma das mãos sobre o rosto.
     - Agora eu fiquei sem graça – Ela sorriu ao dizer.
     - Tudo bem – Thomas sorriu e a abraçou.
     Eles permaneceram abraçados por algum tempo, suas mãos continuavam entrelaçadas. Por um instante pareceu que alguém havia tido uma ótima idéia para terminarem aquela noite. Thomas sentiu um leve puxão em seu braço. Elizabeth o estava encarando com uma feição de desejo.
     - Me dá um selinho?
     Sem pronunciar nenhuma palavra se quer Thomas a beijou. Aquele momento lhe pareceu único, como se nada pudesse ser comparado a tal. Após seus corpos tomarem distância um do outro, suas mãos voltaram a entrelaçarem-se.
     - Eu pedi um selinho...
     - E eu pedi mais... – Thomas respondeu com um sorriso no rosto.
     - Bom. Era pra ser só um selinho... – Elizabeth compartilhou do sorriso de Thomas.
     - Já que você insiste, pode ser.
     Todos já estavam bem à frente, os dois caminharam juntos de encontro a eles.

"I could stay lost in this moment forever
I don’t wanna close my eyes and
I don’t wanna miss a thing
I’m close to you, feeling your heart beating
I just wanna stay with you in this moment forever
Forever and ever"

Perfume do Tempo




Perfume do tempo

     Um dia sentiu o leve soprar do vento em seu rosto, e ao abrir os olhos deparou-se com um mundo que lhe parecia irreal. Ele se levantou, e mesmo descalço caminhou pelo caminhou da vida tentando entender tudo o que havia acontecido. Olhando para trás, ele percebeu que o tempo havia se passado, que os dias já não eram mais os mesmos e que nada daquilo a que estava acostumado a desfrutar existia mais. Naquele momento não havia ruídos ou qualquer outro tipo de barulho, havia apenas o silêncio, um silêncio amedrontador, pois suas melhores lembranças estavam a sua frente, e por mais que tentasse, ele não podia tocá-las, tampouco vivê-las novamente. Foi então que deparou-se com a solidão, sentiu um vazio o consumindo por dentro, suas pernas arquearam-se e ele caiu de joelhos ao chão, estendendo as mãos pelo caminho de pedras, mas seu esforço foi em vão. O vento soprou e o tempo passou entre suas mãos. Ele ficou ali por um longo tempo, sentindo o árduo fervor do arrependimento, lamentando-se por ter permitido que a vida caminhasse mais rápido que seus pés, culpando-se por todos aqueles a quem amava terem partido, sentindo na pele os espinhos do tempo. Nada mais estava ali, apenas um perfume havia ficado. O aroma era doce e fresco, ele podia sentir todas aquelas lindas sensações novamente, como se o tempo não houvesse passado, e nada houvesse mudado. Mas ao abrir os olhos tudo havia desaparecido novamente, sentir o aroma daquele perfume não era como viver.

     O sol havia dado lugar à lua.
     Ele permanecia deitado sobre a velha estrada. De repente uma forte brisa passou e de seu interior emergiu uma linda dama, vestida com um longo vestido azul, e longos cabelos loiros. Ela abaixou e tocou o rosto do jovem. Ele abriu os olhos e ela estendeu a mão a ele. Mas quando se levantou ela já não estava mais ali. Por um instante ele pensou estar sonhando, mas ela era real. Dentro dele ela era.
     Sobre a luz da lua, ele caminhou com perseverança. E a cada passo que dava, uma nova história era escrita para posteriormente ser contada.

“Outro dia pra sonhar e você está parado aqui
Eu sei, faz muito tempo que a última coisa boa te aconteceu
E agora como vai ser?
 O que queria era apenas saber
E crer que algo de bom pode apenas acontecer
Cedo ou tarde vai notar que tudo é simples de fazer
Só depende de viver
Aqui e agora você verá o que ninguém vê
Aqui e agora só depende de você querer
A vida pode te ensinar com aquelas pequenas coisas
Que te fazem ver algo novo pra crer e assim você chega lá
Aqui e agora só depende de você querer
Dê o seu melhor
Por quanto tempo esperou tudo aquilo que sonhou?
Me diz se já não se cansou de se sentir assim?
Que tudo isso que quer só depende de você"