sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lágrimas de sangue


Lágrimas de Sangue

       Ao chegar em casa, mais uma vez desolado, cabisbaixo, Thomas adentra seu quarto, joga a mochila em um canto qualquer. Ao ouvir Thomas chegar, sua mãe grita-o. Imensurávelmente indiferente com os berros de sua mãe, Thomas apaga todo e qualquer vestígio de luz nas proximidades de seu quarto, acomoda-se na cama, encosta a porta, suspira profundamente como se não houve ar, sente o coração bater, disparar como se fosse eclodir em seu peito, sente um pequeno calafrio e um leve lácrimejar em seus olhos. Aquele sentimento ali vivido, já era conhecido, já havera vivido isso antes, a não muito tempo atrás, coisa de mêses o separavam de um outro sentimento que o fez derramar lágrimas de sangue, lágrimas que pareciam arrancarlhe gritos por dentro. Mas já não queria mais estar ali, já não queria mais viver equela dor, aquela imensurável dor que o assoláva como se não houvesse fim. Há tempos os dias jaziam iguais, as dores eram as mesmas, os sentimentos vividos já não o surpriendiam mais, as palavras já não faziam mais sentido... Fechou os olhos, mentalmente mensionou ser forte o bastante para continuar, para seguir em frente cuidadosamente pisando nos galhos e nas pedras corretas, mas será que aquele pensamento era realmente certo? Será que era certo temer a dor de sofrer outra vez sem ao menos tentar ser feliz?

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