A Chuva
Pensava. Refletia. Entristecia. Enquanto voltava para casa, desiludido, caminhando como se aquele dia parecesse nunca ter um fim, lentamente dava passo por passo, diferentemente do seu normal, andava rápido como se estivesse sempre atrasado. Chegou em casa. Subiu as escadas, degrau por degrau. Entrou, jogou a mochila na cama, rápidamente cumprimenteou sua mãe, voltou para o corredor, pegou suas chaves, apagou todo e qualquer vestígio de luz próximo à porta e saíu. Trancou a porta por fora e desabou no chão como se suas forças tivessem sido tiradas de si. Acocoado, respirou profunda e lentamente, suas mãos tremiam como a de alguem que sofre de Parkinson, suas pernas não o sustentavam, encostou-se nas paredes no topo da escada, olhou para o céu.
- Aarrgh !
Sentiu uma dor imensa, fechou os olhos. Aquelas lembranças não paravam de voltar para atormentá-lo. Abril e novamente fechou os olhos, instantâneamente lágrimas escorreram por seu rosto.
O céu escureceu, as nuvens cheias, choraram. A chuva caía sobre Thomas, a água se misturava com suas lágrimas, seus sentimentos estavam explodindo dentro de seu peito ,aquela dor não parava, era estarrecedora, parecia nunca acabar, nunca havera se sentido assim, nunca havera estado tão mal, era como se tudo fosse acabar ali, mas não queria se sentir assim, era ruim, mas inevitável ...
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