sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Diálogo (Parte 1)


Diálogo (Parte 1)

     Por volta das três horas da tarde, Thomas, Colombianita e Oliver caminhavam pela praça, ambos seguiam até o restaurante próximo à escola. Thomas falava ao telefone, Oliver e a Colombianita entertiam-se um com o outro.
     - Aah amoor eu sei disso ... Fazer o quê neah, mas um dia ele vai ter que aceitar isso ... - Thomas conversava com Gih pelo telefone enquanto seguia os passos de seus amigos.
      O sol estava forte, não muito, mas o bastante para fazer qualquer pessoa suar. Colombianita e Oliver sessaram os passos em frente ao restaurante, Oliver caminhou até Thomas que estava um pouco mais atrás.
     - Ow ! Desliga ai pra podermos entrar para comer ... - Educadamente disse Oliver à Thomas que falava com Gih pelo seu telefone celular.
     - Tá bom, já vou desligar - Thomas esticou a mão fazendo gestos para demonstrar que iria desligar em breve - Amor ... Desculpa mas eu vou ter que desligar ... - Despediu-se pelo aparelho.
     - Ah não desliga nãao amoor, por favooor vai ... - Carinhosamente pediu Gih.
     - Eu não posso amor, o celular não é meu. O Oliver e a Colombianita estão me esperando para almoçarmos ... - Explicou com lágrimas nos olhos.
     - Ah, então é assim neh? Agora você age assim comigo?
     - Assim como? - Interrogou preocupado.
     - Assim como? Você nem quer mais falar comigo, só quer ficar ai com os seus amigos, e nem liga se eu quero falar com você ! - Agressivamente respondeu Gih.
     - Como assim eu não quero mais falar com você? Nada a ver isso que você está dizendo amor ! É sério, é que realmente eu tenho que desligar, o celular não é meu e o Oliver ta me esperando pra almoçar ! É só isso ...
     - Ah então tá. Vai lá. - Respondeu marruda.
     - Ah amor não é isso, não fica brava comigo, é sério ! Por favor ... - Implorou Thomas.
     - Ahh amooor não desliga não vai, fica aqui comigo? quando você não está comigo me sinto tão sozinha ... - Dramatizou Gih.
     Oliver novamente aproximou-se de Thomas apressando-o.
     - Ow desliga ai man. Vamos almoçar pôh! - Disse colocando a mão sobre o ombro direito de Thomas - Você vai acabar com os meus créditos!
     - Amor, me desculpa mas agora é sério, eu tenho que desligar - Tentou despedir-se novamente - Eu vou desligar tá bom? Tch ...
    - TÁ BOM!! - Enterrompeu a despedida de Thomas e desligou o telefone sem ao menos despedir-se.
     - Amor? Amor? - Ficou sem entender.
     Thomas caminhou até Oliver e entregou-lhe o celular.
     - O que foi que aconteceu? - Oliver.
     - Eu não sei bem. Ela não estava entendendo que eu tinha que desligar, ficou brava e desligou na minha cara ... - Respondeu Thomas abaixando a cabeça.


     Continua ...

sábado, 18 de setembro de 2010

Todos os Meus Passos


Todos os Meus Passos

     O sol estava excaldante, o dia estava bem quente, porém, naquele momento uma leve brisa percorria por aquele caminho, os pés descalsos caminhavam pelo asfalto, a sombra era sua única companheira. O vento batia em seu rosto esvoaçando seu cabelo, suas mãos inquietas insistiam em querer arrumá-lo. Apesar do tempo fazer com que o chão ficasse muito quente, seus pés não ardiam, pelo contrário, insistiam em querer caminhar sem parar. Olhou para cima e simultâneamente abriu os braços, girou os pés levando seu corpo junto, fazendo movimentos espirais, o céu estava belo, as nuvens transformávam-se em desenhos como na imaginação de uma criança que se deita em baixo de uma grande árvore para observá-las.
     Distraído pela felicidade, Thomas não percebera que alguém se aproximara.
     - Heey Thominhaas ♥ - Pronúnciou-se uma voz doce e suave, extremamente linda.
     Ao ouvir, Thomas parou os rodopeios instantâneamente, virou-se, de seus olhos emergiram brilhos irradiantes e de sua boca surgiram sorrisos intensos, deparou-se com uma pessoa que até então era desconhecida - Na verdade nem tanto, a conhecia apenas por foto e video, conversavam muito, a internet e o telefone eram seus meios de ligação - Ambos correram diretamente de encontro um ao outro, Alice deu um salto e agarrou Thomas intensamente .
     - Eu não posso acreditar no que os meus olhos estão vendo - Ofegantemente disse ao abraçar Alice - Como você veio parar aqui?
     - Eu também não sei, simplesmente segui meu coração e cheguei até você ! - Disse Alice ao segurar o rosto de Thomas e olhá-lo dentro dos olhos antes de beijá-lo.
     Thomas levantou a cabeça, olhou para os lados e percebeu estar em um lugar no qual não desejava estar, aquela felicidade havia se acabado ...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Abraço Coletivo


Abraço Coletivo

     Após aqueles indeletáveis acontecimentos, Thomas estava cansado, exausto, fraco de ânimo, e com os sentimentos feridos, a raiva e a decepção assolavam em seu coração, era preciso de um momento para descançar, esquecer de tudo o que havia acontecido, um tempo para recuperar o sorriso e a sua infindável confiança, um tempo para desenhar a margem e criar um novo roteiro para seguir, um tempo para sentir-se feliz como se o sol brilhasse intensamente durante todo o dia e a lua emergisse de trás das nuvens ao lado das mais brilhantes estrelas, trazendo os mais vivázes dias.
     Kamapu aproximou-se de Thomas, sentou-se ao seu lado, extendeu o braço direito pelas costas dele abraçando-o. Thomas olhou para ele. Kamapu serenemente sorriu.
     - Ow! É o seguinte, eu tava combinando com o Samuel e ele vai passar essa semana lá em casa e eu quero que você vá também. E ae o que acha?
     Thomas suspirou, olhou para baixo. Pensou - Algo desnecessário já que era isso que ele precisava - Olhou para Kamapu e descretamente sorriu.
     - Tá bom. Eu vou. - Fez o sorriso crescer, já que aquela era a chance que ele precisava para expairecer.
    
     Dois dias depois, estavam todos reunidos em frente ao escritório de contabilidade. Samuel e Kamapu divertiam-se conversando com a Colombianita, Thomas apenas ria das graças de seus amigos. A noite seguiu contagiante com as brincadeiras de Samuel e Kamapu até a chácara. Ao chegar, descer do carro e olhar para os lados, Thomas se deparou com um lugar imensamente lindo e tranquilo, era como se estivesse em outra dimensão, mesmo com toda aquela escuridão da noite, era possível sentir a bela energia vinda dali.
     A bagunça e a animação dos garotos era tão grande que acabaram adormecendo aproximadamente 4:00 Hrs da manhã.
     O dia amanheceu, o sol invadiu a sala através das janelas. Após despertar por algumas vezes e se deparar com seus amigos ainda adormecidos, Thomas fora acordado com um abraço coletivo, Samuel e Kamapu pularam na cama onde dormia, e abraçaram-no intensamente.
     - Acorda Thoto ♥ - Disse Kamapu carinhosamente brincando com Thomas - Haha.

     Após tomarem um calmo e delicioso café da manhã, ambos correram para fora da casa.
     - Aaargh ! - Gritou Thomas ao saltar nas costas de Samuel. Enormes sorrisos brotaram de seu rosto, tinha dormido super bem, e acordado ainda melhor, um bem estar tomara conta de seu corpo por inteiro.  Esse bem estar se estabeleceu por todos os dias que permaneceu ali, os dias foram sem dúvida alguma muito bons, aquela grande amizade entre eles aflorou ainda mais durante aquela semana, juntos voltaram a ser crianças, coisa que desejavam ser para o resto de suas vidas. Aqueles sorrisos tornaram-se grandes gargalhadas ...

Espinhos

Espinhos

     Em meio a escuridão, Thomas encontrava-se deitado, seus braços cruzados cobriam os olhos, impedindo que as luzes emitidas pelos botões do rádio invadissem-os. Os versos das canções penetravam seus ouvidos mexendo com seus sentidos. Podia sentir sua respiração lenta como se estivesse ansioso, seu coração lento como se fosse parar, e disparadamente forte como se fosse eclodir.

" Tive que aceitar mas me perco sem você
Tive que continuar mas não vivo sem você
Essa me faz lembrar de tudo o que passamos
Essa noite vou dançar sem você "
     Um ar negativamente nostálgico tomou conta do local. Fortes lembranças cercaram Thomas imediatamente, como se o tempo tivesse parado naquele momento e em um instante retornado ao passado. Aqueles versos o fizeram lembrar da primeira que o fez sentir as dificuldades de amar, e a primeira que lhe ensinou uma dura lição: "Amar e não ser amado".

" Agora eu sei que nada vai fazer mudar
O tempo que nós dois sorrimos sem pensar
E eu que pensei ...
Nunca ter um fim "
     O ar novamente invadiu o recinto, mas dessa vez era diferente, era mais forte, ao mesmo tempo que era bom, era extremamente ruim. O fez lembrar dos momentos felizes que desapareceram como num passe de mágica, da segunda, a que infelizmente lhe ensinou a segunda lição: "Amar e ser substituido".

" I want to give you everything
Give you my all because you gave me ...
You give your lips a gentle kiss
The medicine to cure my pain ... "
A terceira poderia ser classificada em três etapas, representadas por três canções. A primeira fazia-o lembrar se de como tudo começou, uma nostalgia imensa tomou conta de seu coração, uma sensação muito boa pairou pelo ar, era uma sensação doce e purificadora que fizeram com que leves sorrisos brotassem de seu rosto. Porém, o lembrou também de mais uma lição que aprendera: "Amar e ser abandonado".


" Hoje vai ser, mais uma vez
Vou acordar sem você ao meu lado
Hoje vai ser, mais uma vez
Vou aprender que a minha vida é você! "
     A segunda canção trouxe um ar mais denso e pesado, trazendo consigo um vazio no peito, uma falta tremenda, como se algo tivesse sido arrancado a força de seu interior. Uma das lições mais dificeis foi relembrada: "Amar e ser impedido de amar".

" Então venha aqui pra me dizer
Que o meu melhor não é o melhor pra você
Se eu te disser que vai mudar,
Que eu não sou nada sem você ... "
     A ultima canção foi talvez a mais envolvente, sentiu fortes estocadas em seu peito, lembrara do enorme litígia a que tinha sido envolvido, era como se novamente estivesse imerso em um mar de mentiras, ouvindo falsas verdades e presenceando verdadeiros teatros da vida real. Descruzou os braços sobre os olhos, incomodado levantou-se e sentou à beira da cama. Raivoso mordeu os lábios, fechou as mãos, apertou-as fortemente.
     - "Amar e ser duramente enganado" - Disse com ódio entre os dentes - AARRGH !!! - Berrou enquanto suas mãos afundavam o colção com uma força inimaginável.

domingo, 12 de setembro de 2010

Manhã Nebulosa


Manhã Nebulosa

     Aproximádamente 10:00 Hrs da manhã, Thomas levantou. Sentou-se à beira da cama, ficou ali por alguns minutos, com a cabeça baixa, com as mãos sobre a cabeça e os dedos entrelaçados em seu cabelo.
    
♪ E eu quis escreveer uma cançãaao que pudece te fazer sentiir,
pra mostraar que o meu coraçãaao
ele só bate por tii ♫

    Thomas pegou o celular que acabara de tocar. Era uma mensagem:
"Estou sentindo muito a sua falta, não sei mais até quando posso aguentar. Eu te amo.
De: Giih
Enviada às: 10:06 Hr
Entregue às: 10:07 Hr "

    Permaneceu com o celular em mãos por alguns instantes. Colocou-o sobre a cama, ao lado de seu travesseiro. Levantou-se e por um instante sentiu-se fraco, um pouco tonto. Colocou a mão esquerda sobre a testa, enquanto seus olhos precionavam-se marejados. Apoiou-se com a outra mão na porta. Respirou fundo, abriu os olhos e ainda tonto caminhou até o banheiro. Quando voltou, sentou-se em uma cadeira e apoiou-se sobre a mesa, acomodou sua cabeça sobre os braços, fechou os olhos e adormeceu.
     - Filho?
     Lentamente abriu os olhos e levantou a cabeça.
     - Oi ... - Respondeu ainda sonolento.
     - Você tá bem? Vai deitar na cama ... - Completou preocupada.
     - Não. Relaxa, eu tô bem. - Disse enquanto levantava-se.
     Thomas caminhou pelo corredor até a porta, girou a maçaneta e abriu-a. Uma forte luz agrediu seus olhos, uma leve brisa soprou fazendo-o sentir pequenos calafrios. Estava de calça preta, camisa branca e descalço. Saiu, olhou para o céu e encontrou pela frente uma manhã nebulosa. Todo aquele sol do dia anterior havia se desfeito em neblina, todo o calor da noite passada havia se desfeito em correntes de ar frio que tocavam seus braços fazendo-o tremer. Apoiou os braços sobre a mureta da escada e limitou-se a observar o dia, na verdade Thomas não estava observando o dia, estava envolvido em uma densa neblina, em meio ao nada.
     - Por quê ela insiste em fazer isso comigo? Por quê ela continua me mandando essas mensagens? V**** F ** ...
     O frio que sentia não atormentava somente seu corpo, aquele frio assolava tambem o seu coração ...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Canção Particular do Meu Coração


Canção Partícular do Meu Coração

Noite de domingo. Thomas voltava para casa, dentro do primeiro ônibus, pela janela ele observava o mundo lá fora, enquanto ouvia música no fone de ouvidos.

"Eu juro que eu voou seeer ...
Alguém que te faaz soorriiir...
Alguém que vai te abraçaaar...
Quando a escuridãao caair ...
Quando voocê preecisaaar ...
De alguém que nãao váa mentiir ...
Que não quer te magooaaar ...
Segundos antes de doormir ...
De mim você vaaai leembraaaaar ..."

     O locando onde Thomas deveria descer estava próximo. Levantou-se, estendeu o braço e puxou o cordão, dando sinal para descer no ponto mais próximo. O veículo parou. Thomas desceu, o ponto estava naturalmente cheio como em todos os outros dias naquele horário. Sentou-se na muretinha ao lado de uma mulher com duas crianças, um nenêm de colo e uma menina de aproximadamente uns 9 anos. Enquanto aguardava o segundo ônibus, Thomas seguia ouvindo musica, suas mãos batiam sobre sua perna direita cruzada sobre a esquerda. A menina observava atentamente os movimentos de Thomas, acháva-o estranho, seu cabelo cumprido, com pontas extremamente desfiadas, com os mullets passando da altura do queixo e uma franja longa jogada para a esquerda, coberto por um boné e um óculos de armação grossa em tom azul marinho, tornávam-o um ser diferente para os olhos da garota.
    Thomas estava cansado, estava com um leve toque de sono, e talvez um pouco apreensivo ... Novamente sentia-se sozinho, a música que soava em seus ouvidos eram a sua única companhia.
     Chegando em casa, Thomas entrou em seu quarto, logo jogou sua mochila sobre a cama, tirou os fones de ouvido, retirou o celular e tudo o que tinha nos bolsos, tirou a camisa, em seguida o tênis e as meias. Atravessou o corredor, sua mãe e sua irmã mais nova estava no quarto.
     - Oi mãe - Disse com um tom de seriedade - Oi Kelly - Completou.
     - Oi filho, você tá bem?
     - Tô.
     Thomas foi para o banheiro, tirou o que lhe restava de roupa e ligou o chuveiro. Ao sair do banhou e secar-se, Thomas olhou bem para a imagem no espelho.
     - Eu não vou deixar que mais uma noite se perca ... Eu sei que você é capaz, você é forte o bastante, EU SOU forte o bastante, e NADA nem NINGUÉM vai nos derrubar dessa forma, de uma forma tão ruim, tão ridícula assim ...
     Foi para seu quarto, pôs uma camisa gola V amarela de magas longas e uma calça preta. Centou-se na cama com as pernas cruzadas, Ligeiramente deslizou a porta de seu guarda-roupas, pegou seu violão e a fechou novamente. Respirou profundamente e dedilhou um pouco antes de começar a tocar uma bela melodia, uma melodia autônoma, uma canção que particularmente fazia seu coração derreter cada vez que ele a cantava. O ar no local encontrava-se tão puro que Thomas cantarolava como se houvesse alguem imendando um dueto ao seu lado, um linda e doce voz feminina misturava-se com sua voz marcante.
     Aquela noite monótona e cansativa havia se tornado em uma bela noite, as palavras proferidas na canção mostravam as escolhas a fazer e os caminhos a trilhar ... Cerca de uma hora depois, Thomas guardou o violão, apagou a luz, pegou o celular e os fones de ouvido, acomodou sua cabeça no travesseiro e adormeceu ...

"Quanto tempoo que os seus erroos não te ensinaam maais?
Nem as marcaaas, incertezaas ... Não te faaçam mais voltaaar ...
Enquantoo eu agueentaaar e o meu coorpo sustêntaaar
Por todas as vezes que eu deixeei de ser o que eeu sooooooouu !"


domingo, 5 de setembro de 2010

La Felicidad


La Felicidad


     Feiche un ligero golpe en la cara causándole a despertar, se levantó, fue al baño, se cepillaba los dientes, se lavaba la cara, miró en el espejo. Se sentia vigorizante, fuerte y vital de nuevo. Se vistió y se fue. Miró al cielo, el sol se ponía en lo alto, el día fue impresionante y hermosa. Thomas bajó las escaleras, por supuesto, se sentía bien, muy bien, ya que finalmente fueron liberados de las cadenas que lo aprisionaban, como si el sol de ese valor, como si los colores a tu alrededor encantados de hacerlo - me siento tan bien hoy, muy emocionado - respiraba a la ligera. El día empezó a tener sentido de nuevo ...

A Chuva


A Chuva

     Pensava. Refletia. Entristecia. Enquanto voltava para casa, desiludido, caminhando como se aquele dia parecesse nunca ter um fim, lentamente dava passo por passo, diferentemente do seu normal, andava rápido como se estivesse sempre atrasado. Chegou em casa. Subiu as escadas, degrau por degrau. Entrou, jogou a mochila na cama, rápidamente cumprimenteou sua mãe, voltou para o corredor, pegou suas chaves, apagou todo e qualquer vestígio de luz próximo à porta e saíu. Trancou a porta por fora e desabou no chão como se suas forças tivessem sido tiradas de si. Acocoado, respirou profunda e lentamente, suas mãos tremiam como a de alguem que sofre de Parkinson, suas pernas não o sustentavam, encostou-se nas paredes no topo da escada, olhou para o céu.
- Aarrgh !
     Sentiu uma dor imensa, fechou os olhos. Aquelas lembranças não paravam de voltar para atormentá-lo. Abril e novamente fechou os olhos, instantâneamente lágrimas escorreram por seu rosto.
     O céu escureceu, as nuvens cheias, choraram. A chuva caía sobre Thomas, a água se misturava com suas lágrimas, seus sentimentos estavam explodindo dentro de seu peito ,aquela dor não parava, era estarrecedora, parecia nunca acabar, nunca havera se sentido assim, nunca havera estado tão mal, era como se tudo fosse acabar ali, mas não queria se sentir assim, era ruim, mas inevitável ...

Amar


Amar

     O amor é uma coisa dual, é lindo, maravilhoso e purificador sentir os laços do amor correndo em suas veias, fazendo seu coração pulsar constantemente como se fosse eclodir cada vez que você vê, ouve, sente o cheiro ou pensa na pessoa amada. Mas amar pode se tornar uma grande dor, uma dor que corrói por dentro, uma dor que demora para acabar e que deixa marcas indeletáveis.Pela terceira vez consecutiva, Thomas sofrera com esse paradóxo. Seu coração sentira novamente a felicidade de poder amar, seu peito sofria com o frio que emanava cada vez que "ela" se aproximava, suas pernas tremeram insessantemente, e seus olhos brilharam como a luz do sol, dia após dia, até que esse lindo encanto fosse quebrado. Samuel, Eros e até Kamapu tentaram mostrar-lhe que o caminho que estava trilhando era obscuro e que haviam muitas verdades sendo omitidas, que as palavras proferidas por "ela" possuiam dois lados, e que seus sentimentos estavam sendo iludidos. Noite após noite Thomas sofreu com as reflexões vividas, e mesmo assim o amor falava mais alto, muito mais alto. Thomas amava seus amigos, mas não podia acreditar naquilo que ouvia, na verdade, acreditava, mas não queria. Uma complexa ilusão foi vivida, por um longo período, período que hoje o serve de lição, aprendizado da vida real. Seu coração fora partido em mil pedaços, mas ele não estava sozinho ...

sábado, 4 de setembro de 2010

Solidão


Solidão

     O sol brilhava forte, o ar estava extremamente quente, a pele queimava ardente em calor. Thomas caminhava solene ao lado de seus amigos. Os indivíduos sessaram os passos diante de um imenso espelho azul. Memórias foram guardadas, talvez eternizadas através de fotos.
Juntos caminharam até um local comum para todos, um lugar onde jaziam diáriamente. Sentaram-se os tres amigos. O calor castigáva-os, mas um frio atormentava Thomas por dentro, um sentimento estranho, talvez incomum para os outros, mas não para ele, uma solidão assolava seu coração. Mesmo estando acompanhado era como se tivesse sido esquecido, como se tivesse sido largado.
- O que aconteceu comigo? Eu estava tão bem até agora à pouco ... - Pensou. As palavras sumiram de sua boca, fugiram para o interior de sua mente que persistia em lembrar-lhe detalhes inóspitos de seu passado. Sua respiração era lenta, um suspiro de cada vez. Seu corpo não estava eletrizado como nos outros dias, suas mãos não encontravam-se inquietas, pelo contrário, rabiscavam palavras em um papel.
"I don't want hear your fucking voice tell me your fucking lies bitch!"
"I don't want see your fucking face, sucks!"
"I want run away ... So far away, to live alone."
"I know the true and I don't want stay with you. I need stand alone."
     Uma garota aproximou-se de Thomas, uma linda garota, sentou-se ao seu lado. Thomas apertou o papel entre suas mãos, omitindo os fatos ali descritos.
- Você está bem? - Pronúnciou a garota.
- Estou ... - Minunciosamente respondeu.
     Já não conseguia mais destinguir o que era bom ou ruim dizer a ela, já não conseguia mais estar ali ...


Amigos de verdade


Amigos de verdade

     Quando então fechou os olhos, percebeu que tudo havia acabado, que aquela era realmente a realidade, que nada daquilo que o fizera sofrer por mêses era ilusão, agora sabia que teria que seguir em frente, pular os abismos à sua frente, escalar as montanhas escapar da escuridão daquela imensa e malévola floresta a que estava envolvido, para só então chegar ao horizonte para reencontrar a luz do sol. Mas sabia que não seria fácil, seu mundo havia desabado sobre suas costas, derrubando-o sobre o chão úmido e frio, sabia tambem que fora pisoteado por aqueles a quem depositara confiança, mas foi então que sentiu uma mão a segurar firmemente seu ombro, era seu amigo, um dos mais leáis. Thomas abraçou-o fortemente, sentiu os olhos lacrimejarem, o corpo tremer e o coração parar.
- Calma, agente tá aqui pra tudo o que tu precisar, pode confiar, nós não vamos deixar você cair ...
Suspirou profundamente, acalmou-se diante de tal afeto e tamanha lealdade, agradeceu - Amigos ... Quem são os amigos? Hoje ralmente sei a quem devo atribuir a verdadeira amizade, a amizade que vem de dentro, a amizade que nasce nas raízes do coração, se alastra pelo peito e floresce na razão - Pensou.

A Carta


A Carta

Vidrado, Thomas observava aquelas lindas palavras, palavras que vinham de longe, muito longe, palavras sinceras que adentravam seu coração com toda a pureza do mundo. Aquela carta, havia sido escrita por alguem da qual ele jamais tinha imaginado receber algo com tanto explendor, de alguem da qual ele jamais havera visto antes, de alguem que o espera ansiosamente como se o tempo longe parecesse nunca acabar. Um frio estalou-se no peito ao ver tais palavras, as cores a sua volta pareciam ganhar um brilho intenso a cada palavra lida, suas mãos tremiam e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Realmente era verdadeiro todo aquele sentimento exposto outrora. Realmente alguem quisera expor uma imensurável vontade de dividir as mágoas e as felicidades da vida ao seu lado. Instantâneamente uma felicidade emergiu do fundo do peito e tomou conta do ar a sua volta. Agora Thomas sabia o quanto era bom se sentir amado ...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Luar


Luar

Enquanto caminho solenemente pensando em outras inúmeras coisas que ofuscam a minha busca pela felicidade, o teu brilho e a tua energia contagiante fazem-me capaz de erguer a cabeça, e ficar adimirado pela sua beleza incomum. Como se recuperasse minhas energias e mandasse meu desprezo embora, como se sessace meus pesadelos e trouxesse de volta todos os meus sonhos, como se de repente curasse minhas dores. Teu encanto é tão imenso que penso em morar perto de ti, esquecer o dia e viver da noite para toda a eternidade, mergulhar em teus braços como nas águas dos mares que recebem teus sorrisos, me libertar das correntes e fugir deste cativeiro para então encontrar-te ao lado da felicidade - Thomas

Lágrimas de sangue


Lágrimas de Sangue

       Ao chegar em casa, mais uma vez desolado, cabisbaixo, Thomas adentra seu quarto, joga a mochila em um canto qualquer. Ao ouvir Thomas chegar, sua mãe grita-o. Imensurávelmente indiferente com os berros de sua mãe, Thomas apaga todo e qualquer vestígio de luz nas proximidades de seu quarto, acomoda-se na cama, encosta a porta, suspira profundamente como se não houve ar, sente o coração bater, disparar como se fosse eclodir em seu peito, sente um pequeno calafrio e um leve lácrimejar em seus olhos. Aquele sentimento ali vivido, já era conhecido, já havera vivido isso antes, a não muito tempo atrás, coisa de mêses o separavam de um outro sentimento que o fez derramar lágrimas de sangue, lágrimas que pareciam arrancarlhe gritos por dentro. Mas já não queria mais estar ali, já não queria mais viver equela dor, aquela imensurável dor que o assoláva como se não houvesse fim. Há tempos os dias jaziam iguais, as dores eram as mesmas, os sentimentos vividos já não o surpriendiam mais, as palavras já não faziam mais sentido... Fechou os olhos, mentalmente mensionou ser forte o bastante para continuar, para seguir em frente cuidadosamente pisando nos galhos e nas pedras corretas, mas será que aquele pensamento era realmente certo? Será que era certo temer a dor de sofrer outra vez sem ao menos tentar ser feliz?